Além disso, somos individualmente o produto de for?as que n?o escolhemos e que mal compreendemos. N?o escolhemos nossos pais nem a época em que nascemos, e assim recebemos uma determinada heran?a genética sobre a qual n?o temos controle algum, mas que, até um ponto significante, tem controle sobre nós. Essa heran?a determina, em parte, as doen?as a que somos suscetíveis e os limites de nossas capacidades intelectuais, atléticas e morais. Talvez n?o totalmente, mas o suficiente. Nascemos num ambiente que vai preencher o pouco espa?o que sobra do que foi determinado geneticamente, um ambiente que, novamente, n?o escolhemos e sobre o qual mal temos controle, pelo menos durante nossos anos de forma??o. A maneira como somos e aquilo que fazemos s?o resultados de nossos genes e nosso ambiente, que, juntos, exercem em nós uma influência que compreendemos de forma bastante nebulosa. Era isso que os filósofos existencialistas, com Jean-Paul Sartre, por exemplo, queriam dizer quando afirmavam que somos jogados no mundo.
----Mark Rowlands, The Philosopher at the End of the Universe: Philosophy Explained Through Science Fiction Films
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